Antes e depois

No post anterior, disse que não tinha uma foto do "antes" do sofá anos 60, pois não tínhamos uma câmera digital na época. Marido, para minha surpresa e alegria, havia registrado e guardado fotos de vários dos nossos móveis que foram reformados/ restaurados, tomando emprestada a câmera da Renata, minha concunhada. Olhem como era o móvel antes da reforma! Finalmente, o primeiro Antes e Depois do Trivial Básico! ;-D

Cantinho de trabalho

Quero dividir com vocês um pouquinho do meu mundo particular, da minha casa. Nada melhor do que mostrar então o cantinho de onde me comunico com vocês. Este é o último quarto lá de casa, o "da bagunça" mesmo, aquele que sempre preciso tomar cuidado para não virar de cabeça para baixo. Esta foto retrata o que há de frente para o roupeiro: uma escrivaninha com o meu já surrado computador, um sofá e a estante.

Este sofá, aliás, tem uma história bacana. Ele pertecia a uma tia do Marido, que nos presenteou quando soube que estávamos mobiliando a casa nova. Tem o desenho característico dos anos 60, com almofadas soltas (vanguarda, não?) e com abertura nas laterais que o transforma numa cama de solteiro. Para o Marido, trouxe muitas lembranças, já que ele dormia em um igual quando criança... Quando ganhamos, estava revestido pelo tecido original (!), um corvim verde. Ficou com uma carinha nova com o chenile "telha", deixando com aspecto mais moderninho. Na época eu não tinha máquina digital para registrar o antes e o depois, uma pena!

A estante foi uma aquisição recente. Precisava guardar algumas coisas que ficavam em armários, ocupando espaços preciosos. Num apartamento pequeno, é preciso organização e aproveitamento de cada centímetro. O quadro é da artista plástica carioca Patrícia Masgrau. Aguardo ansiosa os comentários! ;-)

Filés de peixe da Dona Luiza

Esta receita foi preparada pela minha mãe, Dona Luiza, de forma bem simples. Muitas vezes o melhor da cozinha está na comidinha caseira, nos tempeiros fresquinhos, no cuidado com o preparo, naquele toque especial de família. O conceito de comfort food vem daí, do resgate da simplicidade, da memória afetiva, das sensações agradáveis que trazem bem-estar e que estão intimamante ligadas à nossa história de vida. Simplicidade e sabor: trivial e básico.

Mãe usou:

- 3 filés de pescada;

- 2 batatas grandes;

- 1 tomate pequeno;

- 1 cebola pequena;

- 1/2 pimentão vermelho;

- coentro;

- sal & pimenta;

- limão;

- azeite extravirgem.

Fez assim:

Temperou os filés com sal, pimenta-do-reino e limão. Untou uma assadeira com azeite. Dispôs as batatas cortadas em rodelas e pré-cozidas (levemente, para não desmancharem) no fundo da assadeira e acomodou os filés de pescada por cima. Acrescentou o tomate, a cebola e meio pimentão cortados em rodelas e o coentro. Por cima de tudo, azeite extravirgem. Levou ao forno médio até cozinhar por completo. Serviu com arroz branco e salada de alface americana com tomates cereja e palmito. Mãe, estava divino! Aliás, como sempre...

Calma

Foto: Design Sponge

Nessa correria cotidiana, para mim, não há nada melhor do que chagar em casa, tomar um bom banho e relaxar. O quarto é meu cantinho favorito para isso. Minha cama é meu refúgio. Fiz questão de escolher cada objeto, cada ítem do enxoval, tudo. E preciso confessar que gosto de conforto nesse caso: procurei ter lençóis de puro algodão e uma cama (box) confortável. São poucos os luxos dos quais não abro mão e esse é um deles. O outro é boa comida e mesa farta.

Quando vi esta foto, me encantei com sua a simplicidade e, ao mesmo tempo, requinte. Fique pensando no segredo do encantamento. Uma cor suave nas paredes (fendi?), móveis brancos, enxoval com tons de verde (amo esta cor), flores frescas, abajour de vidro. O detalhe: a cômoda antiga foi customizada, reparem na frente das gavetas. O adesivo de luminária está na mesma nuance das paredes; é uma idéia interessante, muito usada atualmente. Gosto muito desse visual, pois me transmite exatamente o que busco num quarto: calma e relaxamento. Qual o estilo do seu quarto?

Macaroni & Cheese da Cinara

Eu descobri esta receita faz tempo no blog da queridíssima Elvira, embora a receita original tenha vindo do blog da Cinara, outra cozinheira de mão cheia que descobri por essas bandas cybernéticas. O Cinara`s Place é um achado para os amantes da boa comida como eu. Confesso que esta receita foi daquelas que ficaram na lista de espera para testar. Eu gosto muito do cheddar e minha mãe não gosta: ela é apaixonada por esse queijo. Assim, nada melhor do que fazer um agrado à essa pessoa que tanto já me mimou nessa vida. Fiz neste final de semana, antes de viajar para Teresópolis, uma belíssima cidade serrana do interior do Estado do Rio de Janeiro. Cinara, obrigada! Não sou a primeira a testar e a cobrir de elogios, mas os créditos são todos teus! Um beijo!

Ingredientes:

- 250 g de massa fusilli grano duro;
- 4 colheres (sopa) de manteiga;
- 4 colheres (sopa) de farinha de trigo (acho que usei colheres cheias demais, usarei menos da próxima vez);
- sal;

- pimenta do reino;

- 1 pitada de noz-moscada;
- 2 xícaras de chá de leite morno;
- 150g (ou 3 a 4 punhados) de queijo cheddar ralado em fios;

Fiz assim:

Cozinhei a massa a massa com um fio de óleo, sal e um cubo de caldo de carne. Pré-aqueci o forno a 200ºC. Untei a assadeira com manteiga.

Derreti a manteiga em fogo baixo. Em seguida, acrescentei a farinha e mexi até intregrar e borbulhar. Como recomendado pela Cinara, fui colocando o leite aos poucos sem parar de mexer. Acrescentei o sal, uma pitada de pimenta do reino e a pitada de nós moscada. Acrescentei o queijo cheddar ralado e, quando incorporado, apaguei o fogo.

O molho não ficou muito líquido, mas ainda assim resolvi fazer como Elvira e levar ao forno por um tempo. Alternei as camadas de massa e de molho na assadeira, terminando com o molho, e deixei no forno por uns 15 minutos. A diferença foi que coloquei um pouco do queijo ralado por cima, o que garantiu um sorriso da minha mãe ao ver o prato. O que me chamou a atenção foi a rapidez e a simplicidade de se preparar, o que mostra que a boa cozinha não precisa ser complicada. Divino!

Receita Diferente: sabonete de leite-de-cabra

Depois da cozinha e da sala, há um banheiro. Explico: minhas paixões não se resumem à culinária e à decoração de interiores, claro. Curto muito o "fazer com as próprias mãos", embora eu não tenha muito tempo disponível no dia-a-dia. Mas, para relaxar e esquecer as agruras cotidianas, me pego inventando coisas como sabonetes, óleos essenciais, sachês aromáticos, águas de passar, entre outras. Gente, á mais fácil do que se imagina e é uma delícia preparar um bom banho com óleos relaxantes feitos por você, ou borrifar os lençóis com uma água leve antes de dormir... Divido com vocês a "receita" de um sabonete de leite-de-cabra que é um sucesso absoluto entre amigos e familiares. Acabam virando presentes no fim do ano. ;-)

O que precisa:

- 1 panelinha de ágata (não serve de outro tipo);

- 1 misturador de vidro ou plástico;

- 300g de massa para sabonete de leite de cabra (é vendida em barras de 1kg, o que rende muitos sabonetes);

- 20 gotas de essência de leite de cabra (ou outra da sua preferência);

- 3-5 gotas de corante a base de água amarelo; e

- fôrma (molde) plástica para sabonetes.

Como fazer:

Picar a massa em pedaços bem pequenos e uniformes (pequenos mesmo!), colocar na panelinha de ágata no fogo baixo e deixar derreter por completo, misturando apenas quando boa parte estiver derretido. É importante que o fogo seja baixo para que o líquido não ferva, o que inutiliza o produto. Quando derreter, apagar o fogo e acrescentar a essência e o corante. Misturar e despejar imediatamente na fôrma, esperando secar por completo para desenformar. Simples assim.

O tempo de secagem varia conforme o tamanho do sabonete. Quem quiser presentear, pode envolver o sabonete em filme plástico (sim, este usado para alimentos) e colocar em uma caixinha. Todos os produtos são facilmente encontrados pela internet ou em lojas para artesanato. E a receita é a mesma, o que muda são as essências, os corantes e as forminhas, que permitem uma infinidade de cheirinhos deliciosos! Divirtam-se! Inté.

Escondidinho de Carne Seca

Para mim, esta receita é a cara do Brasil, em especial da região Nordeste. A mandioca (ou aipim, para os cariocas, ou macaxeira, para os nordestinos), é um arbusto encontrado "aos montes" em terras brasileiras, muito apreciado pelos índios desde tempos remotos. Aqui em casa, adoramos carne seca. Para fazer o recheio, tive ajuda da minha mãe, experiente, que me deu os toques que fizeram a diferença. Ficou boooom...

Para o recheio:
- 1kg de carne seca livre de peles e gorduras;
- 1 cebola média picadinha e 2 cebolas médias cortadas em pétalas;
- 3 tomates médios sem pele e sementes picados;
- 2 dentes de alho picados;
- pimenta do reino;
- 1 colher de chá de extrato de tomate (massa);
- salsa e cebolinha gosto;
- azeite;
- sal.

Para o purê de aipim:
- 1kg de aipim;
- 200g de creme de leite (uma caixinha);
- 1 xícara de leite (acrescentar até chegar ao ponto desejado para o purê);
- 2 colheres de sopa de manteiga;
- 2 colheres de sopa de requeijão; e
- sal.

Preparo:
Deixei a carne seca, cortada em grandes cubos, de molho na geladeira por 12 horas para dessalgar. Como ainda havia gordura, retirei os excessos. Coloquei a carne na panela de pressão com água por 30 minutos, desfiei e reservei.

Numa panela, dourei a cebola no azeite, acrescentei o alho e em seguida a carne, deixando fritar um pouquinho. Juntei o tomate picado, o extrato de tomate, uma pitada de pimenta do reino e uma xícara de água. Deixei cozinhar até a água evaporar por completo. Corrigi o sal e acrescentei uma pitada de salsa e cebolinha picadinhas.

O purê eu fiz assim: cozinhei o aipim com água e sal. Ainda quente, usei o espremedor de batatas para espremer, ao invés de levar ao liquidificador. Em seguida, levei à panela com a manteiga, misturando bem até incorporar os ingredientes. Acrescentei, então, o leite e o creme de leite. Fui corrigindo o purê com leite até chegar na textura que eu desejava: um purê nem muito firme, nem muito mole, mas cremoso. Acrescentei as duas colheres de requeijão ao purê e corrigi o sal, deixando apurar um pouco.

Disseram-me que a forma “tradicional” de montar este prato é colocando o recheio de carne seca por baixo e o purê por cima. Eu gosto de fazer diferente: coloco uma camada do purê, o recheio e outra camada do purê por cima. Recomendam, também, usar queijo parmesão ralado por cima da última camada, mas aqui em casa não gostamos muito deste queijo, então utilizei um pouco de mozzarella ralada e um pouco do requeijão por cima.

Levei ao forno médio por 40 minutos e fiz uma salada verde para acompanhar. Divino! Espero que gostem! ;-)

À propósito

Aquela mesma bandeja com vidros ficou linda ao

ao decorar o centro da mesa do jantar. Um luxo!

Foto: Martha Stewart

Reciclar

Sempre fui apaixonada pela natureza e aprendi em casa a ter respeito pelos animais, pelas plantas, a não jogar lixo nas ruas... Lembro-me que, quando tinha pouco mais de seis anos, escrevi uma carta à Ford (meu pai tinha um Del Rei nessa época), solicitando que no interior dos automóveis fosse colocada uma pequena lixeira, pois eu ficava chateada ao ver pessoas jogando coisas pelas janelas. Meu pai me estimulou, ajudou a escrever e colocou a carta no correio. Nunca recebi resposta. Anos mais tarde, verifiquei que alguns modelos da Ford possuíam lixeira. Não acho que foi por causa da minha carta, claro, mas não pude deixar de sorrir.

Depois de ler “Mundo Sustentável - Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em transformação”, livro interessante do jornalista André Trigueiro, que aborda as questões ambientais de forma lúcida e questionadora, fiquei ainda mais preocupada e reflexiva quanto à questão da sustentabilidade.

De cara me perguntei: como posso contribuir, no meu cotidiano, para minimizar os impactos da minha vida no planeta? Descobri que posso ajudar - muito - com pequenas atitudes.

- Substituindo a sacola plástica do supermercado por uma bolsa própria: já vi vários modelos muito bacanas! Muitas lojas já oferecem modelos exclusivos;

- Reciclando plásticos: ao invés de comprar aquele monte de potes, aproveite as embalagens de produtos que acabam indo para o lixo, como os potes de sorvete, por exemplo;

- Reaproveitando móveis: sim, por que não? Ao invés de gastar "rios" de dinheiro em um móvel novo, que em sua maioria são produzidos com madeiras não provenientes de áreas de manejo florestal, que tal repaginar os próprios móveis com uma pintura nova? Ou utilizar tecidos, adesivos? O uso de peças de família e móveis de estilo retrô estão valorizados por arquitetos e decoradores por imprimirem um estilo único;

- Reciclando vidros: eu guardo todos. Já vi idéias lindas com garrafas de vinhos, de licores, de azeites, entre outras, que passam a ser utilizados como vasinhos ou castiçais, decorando salas, cozinhas, banheiros... Podemos customizar, aplicar decoupage, fitas, e o que a imaginação mandar! No site da Martha Stewart, guru de nós todas, encontrei essa linda foto que decidi postar aqui. Ela reuniu vidros de todos os tamanhos e formou uma composição belíssima.

É possível fazer boas escolhas e colaborar com a sustentabilidade do nosso planeta! ;-)

Costela de porco ao barbecue

Tempos atrás, um amiga querida chamada Verena preparou esta receita e postou em seu blog, o Mangia che te fa bene. Nós trabalhamos juntas quando ela ainda morava no Rio e, em nossas conversas sobre pratos preferidos, ela vivia me falando do quanto gostava dessa costela. Esta receita ficou na lista, aguardando para ser testada. Marido adora carne de porco e, quando disse que faria em casa aquela costela que havíamos experimentado numa famosa cadeia de restaurantes australianos, ele foi só sorrisos. Convenhamos: não é uma delícia ver que preparamos algo com carinho e que o resultado foi o sorriso e a satisfação daqueles que amamos?

Para temperar, usei sal, alho, cebola, pimenta do reino, suco de limão e uma folha de louro. Quem quiser incrementar pode usar o vinho branco também, que amacia e dá um gosto especial na carne de porco. Deixei marinar por quatro horas.

Retirei o excesso do tempero e coloquei a carne para assar em uma forma untada com óleo. Nos primeiros 30 minutos, deixei a forma coberta por papel alumínio, para que a carne ficasse bem cozida. Depois deste tempo, retirei o alumínio para dourar.

O molho barbecue foi feito com os mesmos ingredientes da Vê, mas em menor quantidade: 2 colheres de sopa de açúcar mascavo, 1 ½ colheres de sopa de catchup e 1 colher de chá de molho inglês. A Verena pincelou este molho na carne antes de assar. Eu esqueci deste detalhe, confesso! Então, quando virei a carne pela primeira vez, pincelei com o molho, e depois fiz o mesmo do outro lado. Ainda assim ficou muito boa!

Obrigada, Vê, pela receita e pela amizade. Espero que gostem! ;-)

Macarrão básico

Na hora que a fome "aperta" e tenho pouco tempo para preparar algo, não penso em outra receita que não esta. Adoro massas. Para mim, um macarrãozinho básico sempre cai bem. Quando recebo visitas "de última hora", também costumo lançar mão dessa receita, pois em geral agrada à gregos e troianos. Acomapanhada de um vinho tinto, fica ainda melhor. Falando em vinhos, eu amo o Lambrusco, um frizante seco ou suave delicioso, que acompanha bem massas leves. Simples assim.

- 0,5kg de macarrão (prefiro as massas "grano duro" e recomendo a marca Barilla);
- uma colher de azeite (ou óleo);
- 2 cebolas médias ou 1 cebola grande picadas grosseiramente;
- bacon picadinho (coloque o quanto desejar);
- 2 latas de tomate pelatti peneirados (ou 2 latas de molho pronto);
- 100g (ou meia caixa) de creme de leite sem soro;
- azeitonas verdes picadinhas (se desejar);
- sal que baste.

Cozinhe a massa com um pouco de óleo (para não grudar) e sal no tempo recomendado na embalagem do produto. Retire do fogo e reserve (eu costumo colocar um pouquinho de manteiga e misturar, acho que fica mais gostoso). Numa panela, coloque o bacon para fritar no azeite até ficar crocante. Acrescente a cebola picada e refogue até que ela fique brilhante. Acrescente então o molho de tomate e as azeitonas. Deixe apurar o molho durante uns cinco minutos. Cada um pode dar o seu "toque" neste momento e acrescentar outros ingredientes e temeperos que preferir. Provar o sal. Após desligar o fogo, acrescentar o creme de leite e cobrir a massa com este molho. Hummm... Divino! ;-)